quinta-feira, 12 de junho de 2014

Dicas de estudos do Ogham


Dicas de estudos do Ogham por Osvaldo R Feres




É preciso seguir três etapas para ter um bom resultado ao interpretar uma jogada de Ogham.
1º – Estudo
Sim, é preciso estudar muito! Existe muita coisa sobre Ogham, algumas boas, outras ruins, mas antes de classificar o que é bom do que é ruim, é preciso muito estudo, dedicação e claro, discernimento. (todos nós somos passiveis ao erro, não existe alguém perfeito ou um mestre que possa nos instruir, o máximo que um mestre pode fazer é nos guiar, mas o caminho somos nós que escolhemos!)
A melhor forma de estudar o Ogham (e a mais segura também) é através dos glossários medievais. Nestes textos medievais (Auraicept na n-Éces e o In Lebor Ogaim) cada fid está associado a uma árvore, arbusto, cor, ave, palavra chave, enfim… Essas associações são de grande ajuda ao interpretar uma leitura.
Outra forma de estudar o Ogham é através das árvores e arbustos que compõem os feda. Esse estudo é muito vasto e pode se estender desde a estrutura botânica das árvores até o seu uso no folclore das terras celtas.
Existe muita coisa pra estudar tratando-se de Ogham.
2º – Meditação
O ser humano afastou-se das suas origens naturais, perdeu o contato com os espíritos da natureza, desligou-se do sagrado. A meditação é uma forma de reaproximação com essas forças primordiais.
Aprenda a ouvir o que o Ogham tem a vos dizer!
Existe uma infinidade de meditações, umas com tambores, outras com mantras e ainda outras silenciosas, há aquelas em que são conduzidas por um guia e as solitárias. Escolha aquela que seja melhor para você!
Uma forma fácil de meditação é escolher um fid por semana e pelo menos 1 hora por dia se dedicar a ela, perguntando para si: quais os significados que ela representa?  Qual o seu papel na mitologia? O que aquela árvore/letra tem a me dizer?
Feito isso, o segundo passo foi dado e você já estará apto para a 3º etapa.
3º – Intuição
Bem… não tem muito o que escrever sobre a intuição, ela simplesmente acontece!
Intuição significa “íntimo da ação”, ou seja, buscar dentro de si a conclusão sobre algo. A intuição é, sem dúvida, a melhor forma de interpretação em uma jogada de Ogham ou qualquer outro oráculo.
Como foi dito, não é preciso nada para despertar a intuição, ela simplesmente acontece, ou não acontece. Em alguns casos, quando utilizamos a intuição, já sabemos a resposta para a situação, antes mesmo que a pergunta seja feita.
A intuição dura segundos, o que tiver pra falar, fale naquele momento!  Mesmo que o Ogham diga uma coisa, se a intuição falar mais alto é ela que deve ser dita, sem hesitação.
E quando a intuição falhar?
Oras, por isso que é preciso passar pela 1º e 2º etapa, anteriormente explicadas. Se a intuição falhar, entendemos o porquê de todo aquele tempo de estudo e meditação, e então a leitura é feita por associações. Com o tempo você irá perceber que a intuição não acontece em todas as leituras e é imprescindível estudar e meditar para que na hora da leitura o oraculista não fique sem saber o que dizer.

“Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo – o único caminho é a intuição” – frase atribuída a Albert Einstein (1879-1955)

2 comentários:

  1. Osvaldo, bom dia.

    Existe uma forma de escrever nomes próprios em Ogham?

    Tenho procurado muito alguém que possa me ajudar a "traduzir" aproximadamente o nome do meu filho, seja em Ogham ou alguma outra escrita Indo-Celta, como Old Welsh ou Irish.

    Poderia me ajudar?

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    Respostas
    1. Olá, bom dia!
      Sim, há como escrever nomes com Ogham, uma vez que a maioria dos monumentos ogâmicos são constituídos de nomes próprios.
      Devo ressaltar que o Ogham, diferente do alfabeto latino, não possui pontuação e nem todas as letras possui correspondente em nosso alfabeto.
      Esse site que transcreve letras latinas em ogham talvez possa ajudar. http://nuacht1.com/ogham/
      Abraços.

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